Empresa de cosméticos alegou que jamais fez propaganda velada em blogs.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) emitiu, na última quarta-feira, seu julgamento sobre o processo movido contra a varejista de cosméticos Sephora e três blogueiras de moda. Pela decisão do órgão, as blogueiras receberam uma advertência pública recomendando que, daqui para frente, deixem bem claro quando um de seus posts for patrocinado por uma marca e tenha natureza comercial. Segundo o Conar, uma advertência para prevenir erros futuros é considerada uma "penalidade", ainda que o órgão não tenha pedido que as blogueiras retirassem do ar os posts que foram alvo de denúncias. O responsáveis pelo caso avaliaram que não havia evidências suficientes para julgar que os posts feitos pelas blogueiras teriam sido pagos pela Sephora.
O Conar começou a investigar o caso em agosto, após ter recebido cerca de 50 denúncias de leitoras que alegavam que as blogueiras faziam publicidade velada de produtos da Sephora em seus blogs. Foi a primeira vez que o órgão investigou suspeitas de irregularidades na veiculação de publicidade na blogosfera.
As denúncias apontavam que as blogueiras Thássia Naves, Lala Rudge e Mariah Bernardes haviam feito posts e imagens de produtos da marca YSL, que é comercializada na Sephora, quase que simultaneamente. A semelhança de texto entre os blogs foi o que chamou a atenção das leitoras que fizeram a denúncia. Segundo o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, "blogs não podem tentar disfarçar ou fazer com que o consumidor não perceba que se trata de propaganda comercial". Ainda de acordo com o documento, toda publicidade deve ser claramente identificada e percebida como tal pelo consumidor.
A Sephora e duas blogueiras apresentaram sua defesa ao longo do último mês, mas nenhuma das partes admitiu ter havido propaganda velada ou qualquer motivação comercial nos posts relacionados à marca de cosméticos. "A Sephora argumentou que há relações comerciais com as blogueiras, mas em veiculação de mídia normal, como banners e envio de releases e produtos para testes", informou o Conar, por meio de sua assessoria de imprensa. Procurada pela reportagem, a Sephora não se pronunciou.
Blogueiras se pronunciam - Na quarta-feira, logo após a decisão do Conar, duas das blogueiras envolvidas no caso se pronunciaram pela primeira vez. Em um post, Thássia Naves escreveu que seu blog não é um portal comercial. "É um espaço de uma blogueira, menina, mineira, sonhadora, amiga, divertida e apaixonada por moda", disse. Ela argumentou que tudo o que escreve em seu blog é "indicação pessoal". "Nessa deliciosa troca, não há nada fake", afirmou.
Já Lala Rudge disse que ficou "chocada" com as denúncias feitas ao Conar. "Nunca ouvi nada tão absurdo. Confesso que ainda estou um pouco chocada com tudo isso! Como vocês podem ver, temos vários anunciantes aqui que pagam pelo espaço publicitário (banners). Todos eles têm o nosso perfil, gostamos, usamos, são nossos parceiros! Nunca fizemos 'propaganda' de nada que fugisse da nossa realidade, do nosso perfil, justamente para não perdermos a nossa credibilidade", escreveu.
A blogueira ainda afirmou que o fato de seus posts serem apenas sobre marcas e produtos de luxo "gera alguns conflitos". "Muitas leitoras pedem dicas de marcas mais acessíveis, mas somos muito transparentes e não queremos “fingir” nada. Aqui é tudo muito real e mostramos quem realmente somos, o que realmente usamos", escreveu.
O Conar começou a investigar o caso em agosto, após ter recebido cerca de 50 denúncias de leitoras que alegavam que as blogueiras faziam publicidade velada de produtos da Sephora em seus blogs. Foi a primeira vez que o órgão investigou suspeitas de irregularidades na veiculação de publicidade na blogosfera.
As denúncias apontavam que as blogueiras Thássia Naves, Lala Rudge e Mariah Bernardes haviam feito posts e imagens de produtos da marca YSL, que é comercializada na Sephora, quase que simultaneamente. A semelhança de texto entre os blogs foi o que chamou a atenção das leitoras que fizeram a denúncia. Segundo o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, "blogs não podem tentar disfarçar ou fazer com que o consumidor não perceba que se trata de propaganda comercial". Ainda de acordo com o documento, toda publicidade deve ser claramente identificada e percebida como tal pelo consumidor.
A Sephora e duas blogueiras apresentaram sua defesa ao longo do último mês, mas nenhuma das partes admitiu ter havido propaganda velada ou qualquer motivação comercial nos posts relacionados à marca de cosméticos. "A Sephora argumentou que há relações comerciais com as blogueiras, mas em veiculação de mídia normal, como banners e envio de releases e produtos para testes", informou o Conar, por meio de sua assessoria de imprensa. Procurada pela reportagem, a Sephora não se pronunciou.
Blogueiras se pronunciam - Na quarta-feira, logo após a decisão do Conar, duas das blogueiras envolvidas no caso se pronunciaram pela primeira vez. Em um post, Thássia Naves escreveu que seu blog não é um portal comercial. "É um espaço de uma blogueira, menina, mineira, sonhadora, amiga, divertida e apaixonada por moda", disse. Ela argumentou que tudo o que escreve em seu blog é "indicação pessoal". "Nessa deliciosa troca, não há nada fake", afirmou.
Já Lala Rudge disse que ficou "chocada" com as denúncias feitas ao Conar. "Nunca ouvi nada tão absurdo. Confesso que ainda estou um pouco chocada com tudo isso! Como vocês podem ver, temos vários anunciantes aqui que pagam pelo espaço publicitário (banners). Todos eles têm o nosso perfil, gostamos, usamos, são nossos parceiros! Nunca fizemos 'propaganda' de nada que fugisse da nossa realidade, do nosso perfil, justamente para não perdermos a nossa credibilidade", escreveu.
A blogueira ainda afirmou que o fato de seus posts serem apenas sobre marcas e produtos de luxo "gera alguns conflitos". "Muitas leitoras pedem dicas de marcas mais acessíveis, mas somos muito transparentes e não queremos “fingir” nada. Aqui é tudo muito real e mostramos quem realmente somos, o que realmente usamos", escreveu.
Fonte:Exame
www.exame.abril.com.br
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